sábado, 17 de setembro de 2011


Então, que seja doce. 
Repito todas as manhas, ao abrir, as janelas para deixar o sol
ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce.
Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia,
completando as partículas de poeira soltas no ar,
feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte:
que seja doce, que seja doce, que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me  perguntasse o que deveria ser doce,
talvez eu não saiba responder. 
Tudo é tão vago como se não fosse nada.

                                        Caio F. Abreu

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